terça-feira, 14 de agosto de 2018

Momento de reflexão

15 de agosto de 2018 

Assunção da Virgem Santa Maria - solenidade

São Bernardo (1091-1153)


monge cisterciense, doutor da Igreja

1.º Sermão para a Assunção

«Em Cristo, todos serão vivificados, cada qual na sua ordem» (1Cor 15,22-23)

Hoje, a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao Céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido sido o regozijo dos anjos e dos santos quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o Céu, irradiando o brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é com razão que ecoam nos Céus a ação de graças e o louvor. Ora [...], na medida em que o Céu exulta com a presença de Maria, não será razoável que o nosso mundo chore a sua ausência? Mas não, não nos lastimemos, porque não temos aqui cidade permanente (Heb 13,14), antes procuramos aquela aonde a Virgem Maria chegou hoje. Se já estamos inscritos no número dos habitantes dessa cidade, convém que hoje nos lembremos dela [...], compartilhemos a sua alegria, participemos na alegria que deleita a cidade de Deus; uma alegria que depois se espalha como o orvalho sobre a nossa Terra. Sim, Ela precedeu-nos, a nossa Rainha, precedeu-nos e foi recebida com tanta glória que nós, seus humildes servos, podemos seguir a nossa Rainha com toda confiança gritando [com a Esposa do Cântico dos Cânticos]: «Arrasta-me atrás de ti. Corramos ao odor dos teus perfumes!» (Cant 1,3-4) Viajantes nesta Terra, enviamos à frente a nossa advogada [...], a Mãe de misericórdia, para defender eficazmente a nossa salvação.


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