quinta-feira, 21 de junho de 2018

Momento de reflexão

São Luis-Maria Grignion de Monfort (1673-1716)

pregador, fundador de comunidades religiosas

O segredo de Maria I, 3-4

Chamados à santidade

Alma, imagem viva de Deus, resgatada com o precioso sangue de Jesus Cristo, a vontade de Deus a teu respeito é que sejas santa como Ele nesta vida, e gloriosa como Ele na outra. A aquisição da santidade de Deus é a tua vocação segura; é para aí que todos os teus pensamentos, palavras e atos, os teus sofrimentos e todos os movimentos da tua vida devem tender; ou então, resistes a Deus, não fazendo aquilo para o qual te criou e te conserva. Oh!, que obra admirável! A poeira transformada em luz, o lixo em pureza, o pecado em santidade, a criatura no Criador, o homem em Deus! Oh, obra admirável, repito, mas obra difícil em si mesma e impossível à simples natureza; só Deus pode realizá-la por meio da graça, e uma graça abundante e extraordinária; e a criação de todo o universo não é obra tão perfeita como esta. [...] Alma, como farás? Que meios escolherás para ascender aonde Deus te chama? Os meios da salvação e da santidade são conhecidos por todos, estão assinalados no evangelho, são explicados pelos mestres de vida espiritual, são praticados pelos santos e são necessários a quantos pretendem salvar-se e alcançar a perfeição: a humildade do coração, a oração contínua, a mortificação universal, o abandono na Providência, a conformidade com a vontade de Deus.


 

Leituras do dia

Sexta-feira da XI Semana do Tempo Comum

PRIMEIRA LEITURA
2 Reis 11, 1-4.9-18.20


«Sagraram rei Joás e bradaram:‘Viva o rei!’»


Leitura do Segundo Livro dos Reis

Naqueles dias, Atalia, mãe do rei Ocozias, ao saber que o filho morrera, mandou matar todos os descendentes do rei. Mas Josebá, filha do rei Jorão e irmã de Ocozias, tomou Joás, filho de Ocozias, e tirou-o secretamente do meio dos filhos do rei, que estavam a ser executados, para o esconder com a ama no dormitório do templo. Assim o furtaram aos olhos de Atalia e ele escapou à morte. Ficou no templo do Senhor, com Josebá, escondido pelo espaço de seis anos, enquanto Atalia reinava no país. No sétimo ano, o sacerdote Joiadá convocou os oficiais dos mercenários e dos guardas e mandou-os vir à sua presença no templo do Senhor. Estabeleceu um acordo com eles, fê-los prestar juramento e mostrou-lhes o filho do rei. Os oficiais fizeram tudo o que lhes ordenara o sacerdote Joiadá. Cada um tomou consigo os seus homens, tanto os que entravam em serviço no sábado, como aqueles que o terminavam nesse dia; e vieram ter com o sacerdote Joiadá. O sacerdote entregou-lhes as lanças e os escudos do rei David, que estavam no templo do Senhor. Os guardas postaram-se, com as armas na mão, desde o lado sul até ao lado norte do templo, rodeando o altar e o templo, para protegerem o rei. Então Joiadá mandou que trouxessem o filho do rei e impôs-lhe o diadema e as insígnias reais. Proclamaram-no rei e deram-lhe a unção; depois bateram palmas e aclamaram: «Viva o rei!». Ao ouvir os clamores populares, Atalia dirigiu-se ao encontro do povo no templo do Senhor. Quando viu o rei de pé sobre o estrado, segundo o costume, os chefes e os tocadores de trombeta junto do rei e todo o povo exultando de alegria, ao som das trombetas, Atalia rasgou as vestes e gritou: «Traição! Traição!». O sacerdote Joiadá ordenou então aos oficiais das tropas: «Levai-a para fora por entre as fileiras e, se alguém tentar segui-la, matai-o à espada». O sacerdote, de facto, já tinha dito: «Não deve ser morta no templo do Senhor». Lançaram as mãos sobre ela, levaram-na para o palácio real, pela porta dos cavalos, e ali a mataram. Joiadá concluiu uma aliança entre o Senhor, o rei e o povo, pela qual este se comprometia a ser o povo do Senhor. Concluiu também uma aliança entre o rei e o povo. Então toda a gente do país foi ao templo de Baal e demoliu-o: quebraram completamente os altares e as imagens e mataram, diante dos altares, Matã, sacerdote de Baal. Em seguida, Joiadá colocou sentinelas no templo do Senhor. Todo o povo exultava de alegria e a cidade ficou em paz. Entretanto, Atalia tinha sido morta à espada no palácio real.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 131 (132), 11.12.13-14.17-18 (R. cf. 13)


Refrão: O Senhor escolheu Sião para sua morada. Repete-se

O Senhor fez um juramento a David
e não voltará atrás:
«Colocarei no teu trono
um descendente da tua família». Refrão

«Se os teus filhos guardarem a minha aliança
e forem fiéis às ordens que lhes dei,
também os seus filhos
se sentarão para sempre no teu trono». Refrão

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi». Refrão

«Darei a David um poderoso descendente
e farei brilhar uma luz para o meu Ungido.
Cobrirei de confusão os seus inimigos,
mas sobre ele farei resplandecer o diadema». Refrão

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Mt 5, 3


Refrão: Aleluia Repete-se

Bem-aventurados os pobres em espírito,
porque deles é o reino dos Céus. Refrão

EVANGELHO
Mt 6, 19-23


«Onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração»


 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Mateus

Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Não acumuleis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem os destroem e os ladrões os assaltam e roubam. Acumulai tesouros no Céu, onde a traça e a ferrugem não os destroem e os ladrões não os assaltam nem roubam. Porque onde estiver o teu tesouro, aí estará o teu coração. A lâmpada do teu corpo são os olhos. Se o teu olhar for límpido, todo o teu corpo ficará iluminado. Mas se o teu olhar for mau, todo o teu corpo andará nas trevas. E se a luz que há em ti são trevas, como serão grandes essas trevas!».

Palavra da salvação.

Momento de reflexão

São João-Maria Vianney (1786-1859)

presbítero, Cura de Ars

«Espírito do Santo Cura de Ars nos seus catecismos, sermões e conversas»

O pai-nosso

«Pai nosso, que estais nos Céus»: como é bom, meus filhos, ter um Pai nos Céus! - «Venha a nós o vosso reino»: se eu fizer com que Deus reine no meu coração, Ele fará com que eu reine com Ele na sua glória. - «Seja feita a vossa vontade»: nada há tão bom nem tão perfeito como fazer a vontade de Deus. Para fazer bem as coisas, temos de as fazer como Deus quer, em plena conformidade com os seus desígnios. - «O pão nosso de cada dia nos dai hoje»: temos duas partes, a alma e o corpo. Pedimos a Deus que alimente o nosso pobre corpo, e Ele responde-nos fazendo com a terra produza o necessário à nossa subsistência. Mas pedimos-Lhe [também] que alimente a nossa alma, que é a parte mais bela, e a terra não tem capacidade para saciar a nossa alma, pois esta tem fome de Deus e só Deus pode enchê-la. Por isso, Deus não hesitou em vir a este mundo e em tomar um corpo, a fim de que este corpo se tornasse alimento das nossas almas. Quando o sacerdote apresenta a hóstia e vo-la mostra, a vossa alma pode dizer: Eis o meu alimento! Ó meus filhos, grande é a nossa felicidade! Só seremos capazes de a compreender quando chegarmos ao Céu!

Leituras do dia

Quinta-feira de da semana XI do tempo comum 

PRIMEIRA LEITURA
Sir 48, 1-15 (gr. 1-14)


«Elias foi envolvido pelo turbilhão e Eliseu ficou cheio do seu espírito»


Leitura do Livro de Ben-Sirá


O profeta Elias surgiu como um fogo e a sua palavra queimava como um facho ardente. Fez vir a fome sobre os homens de Israel e no seu zelo reduziu-os a um pequeno número. Pela palavra do Senhor fechou o céu e três vezes fez descer o fogo. – Como foste admirável, Elias, pelos teus prodígios! Quem se pode gloriar de ser como tu? Arrancaste um homem à morte e o livraste do Abismo pelas palavras do Altíssimo. Tu levaste reis à ruína e precipitaste dos seus leitos homens ilustres. Ouviste repreensões no Sinai e decretos de castigo no Horeb. Tu sagraste reis para punirem o mal e profetas para te sucederem. Foste arrebatado num turbilhão de chamas e num carro puxado por cavalos de fogo. Foste designado, na perspectiva dos tempos futuros, para aplacar a ira divina antes que ela se inflamasse, para reconciliar com os filhos o coração dos pais e restabelecer as tribos de Jacob. Felizes os que te viram e os que morreram no amor de Deus, porque também nós certamente viveremos. – Por fim, Elias foi envolvido pelo turbilhão e Eliseu ficou cheio do seu espírito. Nos seus dias não tremeu diante de algum príncipe e ninguém conseguiu dominá-lo. Nada era demasiado difícil para as suas forças e até no sono da morte o seu corpo profetizou. Durante a vida fez prodígios e na morte as suas obras foram admiráveis.

Palavra do Senhor.