quinta-feira, 30 de agosto de 2018

D. António Francisco dos Santos

Inaugurado monumento de ação de graças pela vida e missão de D. António Francisco dos Santos

30 Agosto, 2018

No dia em que completaria 70 anos, D. António Francisco dos Santos, bispo do Porto entre 2014 e 2017, foi homenageado na sua terra natal. Em Tendais, Cinfães, foi inaugurada uma estátua em bronze com dois metros de altura com uma base em quatro patamares, tantos quantos, as dioceses onde D. António Francisco dos Santos trabalhou: Lamego, Braga, Aveiro e Porto.

Trata-se de uma obra da autoria do escultor Hélder de Carvalho que contou com o apoio financeiro da Irmandade dos Clérigos, da Associação Comercial do Porto, da Santa Casa da Misericórdia do Porto e também da Câmara Municipal de Cinfães e da Junta de Freguesia de Tendais. O arquiteto Carlos Martins colaborou em todo este projeto.

Muito importante o registo que aqui fazemos do profundo empenho e dedicação da Comissão de Honra para a edificação do monumento que cujos membros aqui citamos: Presidente da Câmara Municipal de Cinfães, Armando Mourisco; Presidente da Junta de Freguesia de Tendais, Artur Duarte; Cónego João Carlos Morgado (diocese de Lamego); Padre Adriano Alberto Pereira (pároco de Santa Cristina de Tendais); Padre Nuno Antunes (diocese do Porto); Frei Bernardo Corrêa d’Almeida; Amândio Fontes e Ana Fontes; João Montenegro e Dina Madaleno; Helena Fortunato; Epifânio Francisco; Arsénio Augusto Ferreira.

Na quarta-feira dia 29 de agosto foram largas as centenas de amigos, familiares, fiéis das várias dioceses por onde passou o prelado e conterrâneos de Cinfães que quiseram participar neste significativo momento de homenagem. Estiveram presentes, neste momento de memória e gratidão, muitos sacerdotes e bispos. Destaque para a presença de D. Jorge Ortiga, arcebispo de Braga com D. Nuno Almeida, bispo-auxiliar de Braga; D. Manuel Linda, bispo do Porto com os bispos auxiliares D. António Taipa D. Pio Alves e D. António Augusto Azevedo; o bispo de Aveiro, D. António Moiteiro, D. Francisco Senra Coelho, Arcebispo de Évora e D. António Luciano, bispo de Viseu. Presente também o bispo emérito de Lamego D. Jacinto Botelho.

De registar a presença de várias autoridades civis: e ainda os presidentes dos municípios de Aveiro, Lousada e Marco de Canaveses, os vice-presidentes das Câmaras Municipais de Baião, Penafiel, Amarante, Castelo de Paiva e Lamego e os presidentes das Juntas de Freguesia de Cinfães.

O bispo de Lamego, D. António Couto, presidiu à Eucaristia, e em declarações à VP sublinhou a importância do testemunho de fé que representa a edificação deste monumento dizendo ser este “um testemunho importante para as gerações que vierem que vão ter a oportunidade de conhecer um homem de corpo inteiro e de alma inteira”.

D. António Couto referiu à VP que D. António Francisco “era um homem de uma inteligência ingénua, no sentido melhor da palavra, uma inteligência como a das crianças, intuitiva. Não era tanto uma inteligência dedutiva e analítica, mas uma inteligência que chega lá muito antes de mim” – afirmou.

O bispo de Lamego recordou ainda que D. António Francisco dos Santos “soube dizer Deus e passar Deus de uma forma direta, rápida e incisiva ao encontro das pessoas, sobretudo dos mais pobres e dos desvalidos. Ele soube fazer isso” – declarou D. António Couto.

domingo, 26 de agosto de 2018

Momento de reflexão

São (Padre) Pio de Pietrelcina (1887-1968)

capuchinho

Carta 3, 980; GF, 196s

«Tu tens palavras de vida eterna»

Sê paciente e persevera na prática da meditação. A princípio, contenta-te com avançar em pequenos passos. Mais tarde, terás pernas que te pedirão que corras, ou melhor, asas para voar. Contenta-te com obedecer. Nunca é fácil, mas foi a Deus que escolhemos como nosso quinhão. Aceita não seres mais do que uma abelhinha no cortiço; cedo ela se tornará uma dessas grandes obreiras hábeis na fabricação do mel. Permanece sempre humilde diante de Deus e diante dos homens, no amor. Então o Senhor falar-te-á em verdade e enriquecer-te-á com os seus dons. Acontece às abelhas atravessarem grandes distâncias nos prados antes de chegarem às flores que escolheram; em seguida, fatigadas mas satisfeitas e carregadas de pólen, regressam à colmeia para aí realizarem a transformação silenciosa, mas fecunda, do néctar das flores em néctar da vida. Faz tu também assim: depois de teres escutado a Palavra, medita-a atentamente, examina os seus diferentes elementos, procura a sua significação profunda. Então, ela tornar-se-á clara e luminosa; ela terá o poder de transformar as tuas inclinações naturais em pura elevação do espírito; e o teu coração estará sempre mais intimamente unido ao coração de Cristo.

Leituras do dia

Domingo XXI do Tempo comum


PRIMEIRA LEITURA
Jos 24, 1-2a.15-17.18b


«Queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus»


Leitura do Livro de Josué

Naqueles dias, Josué reuniu todas as tribos de Israel em Siquém. Convocou os anciãos de Israel, os chefes, os juízes e os magistrados, que se apresentaram diante de Deus. Josué disse então a todo o povo: «Se não vos agrada servir o Senhor, escolhei hoje a quem quereis servir: se os deuses que os vossos pais serviram no outro lado do rio, se os deuses dos amorreus em cuja terra habitais. Eu e a minha família serviremos o Senhor». Mas o povo respondeu: «Longe de nós abandonar o Senhor para servir outros deuses; porque o Senhor é o nosso Deus, que nos fez sair, a nós e a nossos pais, da terra do Egipto, da casa da escravidão. Foi Ele que, diante dos nossos olhos, realizou tão grandes prodígios e nos protegeu durante o caminho que percorremos entre os povos por onde passámos. Também nós queremos servir o Senhor, porque Ele é o nosso Deus».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 33 (34), 2-3.16-17.18-19.20-21.22-23 (R. 9a)


Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

Os olhos do Senhor estão voltados para os justos
e os ouvidos atentos aos seus rogos.
A face do Senhor volta-se contra os que fazem o mal,
para apagar da terra a sua memória. Refrão

Os justos clamaram e o Senhor os ouviu,
livrou-os de todas as suas angústias.
O Senhor está perto dos que têm o coração atribulado
e salva os de ânimo abatido. Refrão

Muitas são as tribulações do justo,
mas de todas elas o livra o Senhor.
Guarda todos os seus ossos,
nem um só será quebrado. Refrão

A maldade leva o ímpio à morte,
os inimigos do justo serão castigados.
O Senhor defende a vida dos seus servos,
não serão castigados os que n’Ele se refugiam. Refrão

SEGUNDA LEITURA
Ef 5, 21-32


«É grande este mistério, em relação a Cristo e à Igreja»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos: Sede submissos uns aos outros no temor de Cristo. As mulheres submetam-se aos maridos como ao Senhor, porque o marido é a cabeça da mulher, como Cristo é a cabeça da Igreja, seu Corpo, do qual é o Salvador. Ora, como a Igreja se submete a Cristo, assim também as mulheres se devem submeter em tudo aos maridos. Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou a Igreja e Se entregou por ela. Ele quis santificá-la, purificando-a no baptismo da água pela palavra da vida, para a apresentar a Si mesmo como Igreja cheia de glória, sem mancha nem ruga, nem coisa alguma semelhante, mas santa e imaculada. Assim devem os maridos amar as suas mulheres, como os seus corpos. Quem ama a sua mulher ama-se a si mesmo. Ninguém, de facto, odiou jamais o seu corpo, antes o alimenta e lhe presta cuidados, como Cristo à Igreja; porque nós somos membros do seu Corpo. Por isso, o homem deixará pai e mãe, para se unir à sua mulher, e serão dois numa só carne. É grande este mistério, digo-o em relação a Cristo e à Igreja.

Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
cf. Jo 6, 63c.68c


Refrão: Aleluia. Repete-se

As vossas palavras, Senhor, são espírito e vida:
Vós tendes palavras de vida eterna. Refrão

EVANGELHO
Jo 6, 60-69


«Para quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna»


terça-feira, 14 de agosto de 2018

Momento de reflexão

15 de agosto de 2018 

Assunção da Virgem Santa Maria - solenidade

São Bernardo (1091-1153)


monge cisterciense, doutor da Igreja

1.º Sermão para a Assunção

«Em Cristo, todos serão vivificados, cada qual na sua ordem» (1Cor 15,22-23)

Hoje, a Virgem Maria sobe, gloriosa, ao Céu. É o cúmulo de alegria dos anjos e dos santos. Com efeito, se uma simples palavra sua de saudação fez exultar o menino que ainda estava no seio materno (Lc 1, 44), qual não terá sido sido o regozijo dos anjos e dos santos quando puderam ouvir a sua voz, ver o seu rosto e gozar da sua presença abençoada! E para nós, irmãos bem-amados, que festa a da sua assunção gloriosa, que motivo de alegria e que fonte de júbilo temos hoje! A presença de Maria ilumina o mundo inteiro, a tal ponto resplandece o Céu, irradiando o brilho desta Virgem plenamente santa. Por conseguinte, é com razão que ecoam nos Céus a ação de graças e o louvor. Ora [...], na medida em que o Céu exulta com a presença de Maria, não será razoável que o nosso mundo chore a sua ausência? Mas não, não nos lastimemos, porque não temos aqui cidade permanente (Heb 13,14), antes procuramos aquela aonde a Virgem Maria chegou hoje. Se já estamos inscritos no número dos habitantes dessa cidade, convém que hoje nos lembremos dela [...], compartilhemos a sua alegria, participemos na alegria que deleita a cidade de Deus; uma alegria que depois se espalha como o orvalho sobre a nossa Terra. Sim, Ela precedeu-nos, a nossa Rainha, precedeu-nos e foi recebida com tanta glória que nós, seus humildes servos, podemos seguir a nossa Rainha com toda confiança gritando [com a Esposa do Cântico dos Cânticos]: «Arrasta-me atrás de ti. Corramos ao odor dos teus perfumes!» (Cant 1,3-4) Viajantes nesta Terra, enviamos à frente a nossa advogada [...], a Mãe de misericórdia, para defender eficazmente a nossa salvação.


Leituras do dia

Assunção da Virgem Maria

PRIMEIRA LEITURA
1 Cr 15, 3-4.15-16; 16, 1-2


«Levaram a arca de Deus e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela»


Leitura do Primeiro Livro das Crónicas

Naqueles dias, David reuniu em Jerusalém todo o povo de Israel, a fim de trasladar a arca do Senhor para o lugar que lhe tinha preparado. Convocou também os descendentes de Aarão e os levitas. Os levitas transportaram então a arca de Deus, por meio de varas que levavam aos ombros, conforme tinha ordenado Moisés, segundo a palavra do Senhor. David ordenou aos chefes dos levitas que dispusessem os seus irmãos cantores, para que, acompanhados por instrumentos de música – cítaras, harpas e címbalos – , entoassem as suas alegres melodias. Assim trasladaram a arca de Deus e colocaram-na no meio da tenda que David mandara levantar para ela. Depois ofereceram, diante de Deus, holocaustos e sacrifícios de comunhão. Quando David acabou de oferecer os holocaustos e os sacrifícios de comunhão, abençoou o povo em nome do Senhor.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 131 (132), 6-7.9-10.13-14 (R. 8)


Refrão: Levantai-Vos, Senhor, e entrai no vosso repouso,
Vós e a arca da vossa majestade. Repete-se


Ouvimos dizer que a arca estava em Éfrata,
encontrámo-la nas campinas de Jaar.
Entremos no seu santuário,
prostremo-nos a seus pés. Refrão

Revistam-se de justiça os vossos sacerdotes,
exultem de alegria os vossos fiéis.
Por amor de David, vosso servo,
não afasteis o rosto do vosso Ungido. Refrão

O Senhor escolheu Sião,
preferiu-a para sua morada:
«É este para sempre o lugar do meu repouso,
aqui habitarei, porque o escolhi». Refrão

SEGUNDA LEITURA
1 Cor 15, 54b-57


«Deu-nos a vitória por Jesus Cristo»


Leitura da Primeira Epístola do apóstolo São Paulo aos Coríntios

Irmãos: Quando este nosso corpo mortal se tornar imortal, então se realizará a palavra da Escritura: «A morte foi absorvida na vitória. Ó morte, onde está a tua vitória? Ó morte, onde está o teu aguilhão?». O aguilhão da morte é o pecado e a força do pecado é a Lei. Mas dêmos graças a Deus, que nos dá esta vitória por Nosso Senhor Jesus Cristo.

Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Lc 11, 28


Refrão: Aleluia. Repete-se

Felizes os que ouvem a palavra de Deus
e a põem em prática. Refrão

EVANGELHO
Lc 11, 27-28


«Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre!»


Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São Lucas

Naquele tempo, enquanto Jesus falava à multidão, uma mulher levantou a voz no meio da multidão e disse: «Feliz Aquela que Te trouxe no seu ventre e Te amamentou ao seu peito». Mas Jesus respondeu: «Mais felizes são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática». 

Palavra da salvação.

A Voz do Teólogo

Diocese do Porto:

Renovação ou Revolução?


Não passou indeferente a quem visitou o site da Diocese do Porto e verificou as publicações de dois decretos do atual Bispo D. Manuel Linda, com o título "Species Facti", que
Informa os diocesanos da perda de "ofícios eclesiásticos exercícios por dois Sacerdotes. Até aqui tudo normal, o problema vem a seguir, ou seja, os respectivos Sacerdotes não concordoram e alegam uma espécie de ilegalidade canónica, que a meu ver  e depois de analisar os factos, não é nada mais nada menos que uma quebra de obediência prometida no dia da respectiva ordenação uma falta de sentido de missão. Sei porem que os Sacerdotes em questão já exerciam as funções há muitos anos, querendo assim mostrar alguma incoformidade pela perda dos seus ofícios até então, numa linguagem mais infantil diria de que se trata de uma espécie de "birra" !
Porém podemos reparar que Sr. Bispo do Porto após uma tentativa de "reconciliação" com os Sacerdotes em causa, tornou público toda esta situação, como que esperando uma opinião pública, esta atitude porém e na minha humilde opinião, é que se poderia evitar, talvez aqui se aplicasse a passagem bíblica de dar a outra face ( Matthew 5:39 )em vez de os lançar para a boca do lobo.
Para terminar, muitos sabem do quanto é necessário uma mudança profunda na exigente Igreja do Porto, e a meu ver com esta situação a ignição foi ligada. Vamos ver qual será o próximo passo. Até breve.

F. I.

domingo, 12 de agosto de 2018

Momento de reflexão

São Cirilo de Alexandria (380-444)

bispo, doutor da Igreja

Comentário ao evangelho de São Lucas, 22

«E o pão que Eu hei de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo»

Como podia o homem, inexoravelmente preso à terra e submetido à morte, ter de novo acesso à imortalidade ? Era preciso que a sua carne se tornasse participante da força vivificadora que é Deus. Ora, a força vivificadora de Deus nosso Pai é a sua Palavra, é o Filho Único; foi Ele que Deus nos enviou como Salvador e Redentor. [...] Se deitares um pedacinho de pão em azeite, água ou vinho, impregnar-se-á das propriedades destes. Se o ferro estiver em contacto com o fogo, será tomado pela energia deste e, ainda que de facto o ferro seja por natureza ferro somente, tornar-se-á semelhante ao fogo. Do mesmo modo, portanto, o Verbo vivificador de Deus, ao unir-Se à carne de que Se apropriou, tornou-a vivificadora. Com efeito, Ele disse: « Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida». E ainda: «Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei de dar é a minha carne [...]. Em verdade, em verdade vos digo: se não comerdes mesmo a carne do Filho do Homem e não beberdes o seu sangue, não tereis a vida em vós». Assim, pois, ao comermos a carne de Cristo, Salvador de todos nós, e ao bebermos o seu sangue, temos em nós a vida, tornamo-nos um com Ele, e Ele permanece em nós. Ele tinha de vir até nós da maneira que convém a Deus, pelo Espírito Santo, e de integrar-Se de alguma forma nos nossos corpos, pela sua santa carne e pelo seu precioso sangue que, em benção vivificadora, recebemos no pão e no vinho. De facto [...], Deus usou de condescendência para com a nossa fragilidade e pôs toda a força da sua vida nos elementos do pão e do vinho, que deste modo estão dotados da energia da sua própria vida. Não hesiteis pois em crer, já que o próprio Senhor disse claramente: «Isto é o meu corpo» e «Isto é o meu sangue».


 

Leituras do dia

19° Domingo do tempo comum


PRIMEIRA LEITURA
1 Reis 19, 4-8

«Fortalecido com aquele alimento, caminhou até ao monte de Deus»


Leitura do Primeiro Livro dos Reis

Naqueles dias, Elias entrou no deserto e andou o dia inteiro. Depois sentou-se debaixo de um junípero e, desejando a morte, exclamou: «Já basta, Senhor. Tirai-me a vida, porque não sou melhor que meus pais». Deitou-se por terra e adormeceu à sombra do junípero. Nisto, um Anjo tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come». Ele olhou e viu à sua cabeceira um pão cozido sobre pedras quentes e uma bilha de água. Comeu e bebeu e tornou a deitar-se. O Anjo do Senhor veio segunda vez, tocou-lhe e disse: «Levanta-te e come, porque ainda tens um longo caminho a percorrer». Elias levantou-se, comeu e bebeu. Depois, fortalecido com aquele alimento, caminhou durante quarenta dias e quarenta noites até ao monte de Deus, Horeb.

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 33 (34), 2-3.4-5.6-7.8-9 (R. 9a)


Refrão: Saboreai e vede como o Senhor é bom. Repete-se

A toda a hora bendirei o Senhor,
o seu louvor estará sempre na minha boca.
A minha alma gloria-se no Senhor:
escutem e alegrem-se os humildes. Refrão

Enaltecei comigo o Senhor
e exaltemos juntos o seu nome.
Procurei o Senhor e Ele atendeu-me,
libertou-me de toda a ansiedade. Refrão

Voltai-vos para Ele e ficareis radiantes,
o vosso rosto não se cobrirá de vergonha.
Este pobre clamou e o Senhor o ouviu,
salvou-o de todas as angústias. Refrão

O Anjo do Senhor protege os que O temem
e defende-os dos perigos.
Saboreai e vede como o Senhor é bom:
feliz o homem que n’Ele se refugia. Refrão

SEGUNDA LEITURA
Ef 4, 30 – 5, 2


«Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos: Não contristeis o Espírito Santo de Deus, que vos assinalou para o dia da redenção. Seja eliminado do meio de vós tudo o que é azedume, irritação, cólera, insulto, maledicência e toda a espécie de maldade. Sede bondosos e compassivos uns para com os outros e perdoai-vos mutuamente, como Deus também vos perdoou em Cristo. Sede imitadores de Deus, como filhos muito amados. Caminhai na caridade, a exemplo de Cristo, que nos amou e Se entregou por nós, oferecendo-Se como vítima agradável a Deus.

Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Jo 6, 51


Refrão: Aleluia. Repete-se

Eu sou o pão vivo que desceu do Céu, diz o Senhor;
Quem comer deste pão viverá eternamente. Refrão

EVANGELHO
Jo 6, 41-51


«Eu sou o pão vivo que desceu do Céu»


 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, os judeus murmuravam de Jesus, por Ele ter dito: «Eu sou o pão que desceu do Céu». E diziam: «Não é Ele Jesus, o filho de José? Não conhecemos o seu pai e a sua mãe? Como é que Ele diz agora: ‘Eu desci do Céu’?». Jesus respondeu-lhes: «Não murmureis entre vós. Ninguém pode vir a Mim, se o Pai, que Me enviou, não o trouxer; e Eu ressuscitá-lo-ei no último dia. Está escrito no livro dos Profetas: ‘Serão todos instruídos por Deus’. Todo aquele que ouve o Pai e recebe o seu ensino vem a Mim. Não porque alguém tenha visto o Pai; só Aquele que vem de junto de Deus viu o Pai. Em verdade, em verdade vos digo: Quem acredita tem a vida eterna. Eu sou o pão da vida. No deserto, os vossos pais comeram o maná e morreram. Mas este pão é o que desce do Céu, para que não morra quem dele comer. Eu sou o pão vivo que desceu do Céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão que Eu hei-de dar é a minha carne, que Eu darei pela vida do mundo».

Palavra da salvação.

domingo, 5 de agosto de 2018

Momento de reflexão

Guigues o Cartuxo (1083-1136)

Prior da Grande Cartuxa
Meditação 10


«Dá-nos sempre desse pão»

O pão da alma é Cristo, «o pão vivo que desceu do céu» (Jo 6,51) e que alimenta os seus, agora pela fé, no mundo futuro pela visão. Pois Cristo habita em ti pela fé e a fé em Cristo é Cristo no teu coração (Ef 3,17). É na medida em que crês em Cristo que O possuis. E Cristo é, na verdade, um só pão «pois há um único Senhor, uma única fé» (Ef 4,5) para todos os crentes, se bem que uns recebam mais e outros menos do dom dessa mesma fé. [...] Como a verdade é única, uma única fé na verdade única guia e alimenta todos os crentes, e «um mesmo e único Espírito, que distribui a cada um os seus dons conforme entende» (1Cor, 12,11). Vivemos todos do mesmo pão e cada um de nós recebe a sua porção; no entanto, Cristo é todo para nós, exceto para aqueles que destroem a unidade. [...] Neste dom que recebi, possuo totalmente Cristo e Cristo possui-me totalmente, tal como o membro que pertence a todo o corpo também o possui por inteiro. Assim, esta porção de fé que recebeste é como o pequeno pedaço que pão que está na tua boca. Mas, se não meditares frequente e piedosamente naquilo em que crês, se não o mastigares, por assim dizer, triturando-o e voltando-o com os dentes, isto é, com os sentidos do teu espírito, ele não te franqueará a garganta, ou seja, não chegará até à tua inteligência. Com efeito, como poderias compreender algo em que meditas raramente e com negligência, sobretudo quando se trata de uma coisa ténue e invisível? [...] Que, pela meditação, «a lei do Senhor esteja sempre na tua boca» (Ex 13,9) para que nasça em ti a boa inteligência. Através da boa compreensão, o alimento passa para o teu coração, para que não negligencies aquilo que compreendeste, mas antes o recolhas com amor.


 

Leituras do dia

Domingo XVIII do Tempo Comum

PRIMEIRA LEITURA
Ex 16, 2-4.12-15


«Eu farei que chova para vós pão do céu»


Leitura do Livro do Êxodo

Naqueles dias, toda a comunidade dos filhos de Israel começou a murmurar no deserto contra Moisés e Aarão. Disseram-lhes os filhos de Israel: «Antes tivéssemos morrido às mãos do Senhor na terra do Egipto, quando estávamos sentados ao pé das panelas de carne e comíamos pão até nos saciarmos. Trouxestes-nos a este deserto, para deixar morrer à fome toda esta multidão». Então o Senhor disse a Moisés: «Vou fazer que chova para vós pão do céu. O povo sairá para apanhar a quantidade necessária para cada dia. Vou assim pô-lo à prova, para ver se segue ou não a minha lei. Eu ouvi as murmurações dos filhos de Israel. Vai dizer-lhes: ‘Ao cair da noite comereis carne e de manhã saciar-vos-eis de pão. Então reconhecereis que Eu sou o Senhor, vosso Deus’». Nessa tarde apareceram codornizes, que cobriram o acampamento, e na manhã seguinte havia uma camada de orvalho em volta do acampamento. Quando essa camada de orvalho se evaporou, apareceu à superfície do deserto uma substância granulosa, fina como a geada sobre a terra. Quando a viram, os filhos de Israel perguntaram uns aos outros: «Man-hu?», quer dizer: «Que é isto?», pois não sabiam o que era. Disse-lhes então Moisés: «É o pão que o Senhor vos dá em alimento».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
Salmo 77 (78), 3.4bc.23-24.25.54 (R. 24b )


Refrão: O Senhor deu-lhes o pão do céu. Repete-se

Nós ouvimos e aprendemos,
os nossos pais nos contaram
os louvores do Senhor e o seu poder
e as maravilhas que Ele realizou. Refrão

Deu suas ordens às nuvens do alto
e abriu as portas do céu;
para alimento fez chover o maná,
deu-lhes o pão do céu. Refrão

O homem comeu o pão dos fortes!
Mandou-lhes comida com abundância
e introduziu-os na sua terra santa,
na montanha que a sua direita conquistou. Refrão

SEGUNDA LEITURA
Ef 4, 17.20-24


«Revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus»


Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos: Eis o que vos digo e aconselho em nome do Senhor: Não torneis a proceder como os pagãos, que vivem na futilidade dos seus pensamentos. Não foi assim que aprendestes a conhecer a Cristo, se é que d’Ele ouvistes pregar e sobre Ele fostes instruídos, conforme a verdade que está em Jesus. É necessário abandonar a vida de outrora e pôr de parte o homem velho, corrompido por desejos enganadores. Renovai-vos pela transformação espiritual da vossa inteligência e revesti-vos do homem novo, criado à imagem de Deus na justiça e santidade verdadeiras.

Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Mt 4, 4b


Refrão: Aleluia. Repete-se

Nem só de pão vive o homem,
mas de toda a palavra que sai da boca de Deus. Refrão

EVANGELHO
Jo 6, 24-35


«Quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede»


 Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo segundo São João

Naquele tempo, quando a multidão viu que nem Jesus nem os seus discípulos estavam à beira do lago, subiram todos para as barcas e foram para Cafarnaum, à procura de Jesus. Ao encontrá-l’O no outro lado do mar, disseram-Lhe: «Mestre, quando chegaste aqui?». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: vós procurais-Me, não porque vistes milagres, mas porque comestes dos pães e ficastes saciados. Trabalhai, não tanto pela comida que se perde, mas pelo alimento que dura até à vida eterna e que o Filho do homem vos dará. A Ele é que o Pai, o próprio Deus, marcou com o seu selo». Disseram-Lhe então: «Que devemos nós fazer para praticar as obras de Deus?». Respondeu-lhes Jesus: «A obra de Deus consiste em acreditar n’Aquele que Ele enviou». Disseram-Lhe eles: «Que milagres fazes Tu, para que nós vejamos e acreditemos em Ti? Que obra realizas? No deserto os nossos pais comeram o maná, conforme está escrito: ‘Deu-lhes a comer um pão que veio do Céu’». Jesus respondeu-lhes: «Em verdade, em verdade vos digo: Não foi Moisés que vos deu o pão do Céu; meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo». Disseram-Lhe eles: «Senhor, dá-nos sempre desse pão». Jesus respondeu-lhes: «Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».

Palavra da salvação.