sábado, 23 de maio de 2020

A Revelação da Ascenção

Continuamos no tempo pascal, na alegria da Ressurreição do Senhor. A Solenidade que hoje celebramos – a Ascensão – e aquela que antecede – Pentecostes – são ainda dimensões, aspectos do mistério da Páscoa: ressurreição, subida ao céu e dom do Espírito são três aspectos do mesmo mistério. Celebramo-lo num arco de cinquenta dias porque, enquanto Jesus deixou este nosso tempo, feito de ontens, de hojes e de amanhãs, nós continuamos presos às horas, dias, meses e anos deste mundo…

Eis: Jesus ressuscita no Pai; não ressuscita para depois ir ao seu Deus e Pai! Ressuscitar é, precisamente, sair da morte, entrando na vida plena, que é o Pai. (Nunca esqueçamos: o Pai é a nossa Vida, o Pai é o nosso Céu! Também o foi e o é para Jesus)! Isto aparece claro em alguns textos dos próprios evangelhos. Em Lc 24,44, Jesus ressuscitado, em converda, com os seus apóstolos e sendo tocado por eles, diz claramente que com eles não está mais: “São estas as palavras que eu vos falei quando estava convosco…” No próprio Evangelho deste hoje, o Senhor, aparecendo aos seus sobre o monte, dá a entender que já está no céu: “Toda autoridade me foi dada no céu e na terra!” Vede: Ele já recebeu tal autoridade, também no Céu! Ele, durante quarenta dias apareceu aos seus, mas já não estava entre os seus! Seu novo modo de permanecer conosco é na forma e na potência do seu Espírito, também fruto da sua ressurreição e da entrada no Pai…

Se é assim, qual o sentido desta Solene Ascensão do Senhor? Eis o seu significado, tão importante para nós e para a nossa salvação: na Ressurreição, Jesus foi glorificado na sua pessoa, isto é, em si mesmo. Na Ascensão, aparece o que sua Ressurreição significa para nós, o que o Cristo se torna em relação a nós. Em primeiro lugar, a Ascensão marca o fim daquele período de encontros que o Ressuscitado teve com os seus discípulos para fortalecer-lhes a fé e explicar-lhes a missão. É, portanto, uma despedida! Como já foi dito, a partir desse momento o Senhor estará com os seus e poderá ser por eles percebido de uma forma nova: na potência do seu Espírito Santo, presente na força da Palavra anunciada e nos sacramentos da Igreja. É assim que a Ascensão abre caminho para o Pentecostes, quando o Espírito, de um modo visível e barulhento, marca a inauguração da missão da Igreja, que é testemunhar e anunciar o Senhor, tornando-O presente nos gestos sacramentais.

Segundo: a Ascensão revela-nos aquilo que aconteceu no Céu com Jesus e que, na terra, somente pela fé podemos saber e crer, isto é, a sua glorificação como Senhor do Céu e da terra, Senhor da história humana e da Igreja. Ele ressuscitou e subiu ao Céu para tudo recapitular e de tudo ser a Cabeça, fonte de vida e de salvação! São Paulo diz-nos na segunda leitura que “o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai a quem pertence a glória, ressuscitou Jesus Cristo de entre os mortos e fê-Lo sentar-se à sua direita nos céus. Ele pôs tudo sob os seus pés e fez d'Ele, que está acima de tudo, Cabeça da Igreja, que é o seu corpo…” É assim que hoje, cheios de alegria, proclamamos Jesus ressuscitado como Cabeça de toda a criação, Cabeça da humanidade toda, Cabeça e sentido da história humana. E tudo isto Ele o é enquanto Cabeça da Igreja, que é o seu Corpo! Isto significa que toda a criação caminha para Ele e n'Ele será um dia glorificada; que toda história somente n'Ele encontra a direção e o sentido profundo; e que a Igreja participa, de modo indissolúvel, da sua obra universal de salvação! Se toda salvação neste mundo somente pode vir através de Cristo, vem desse Cristo que é, inseparavelmente, Cabeça da Igreja. Assim, podemos e devemos dizer que sem o ministério da Igreja não há salvação possível! Isso mesmo: fora da Igreja não há salvação, porque ela é o Corpo do Cristo, a sua Cabeça e único Salvador. Em outras palavras: todo ser humano de boa vontade e consciência reta pode salvar-se, mas pode-o somente porque Cristo, Cabeça da Igreja, morreu e ressuscitou e está à Direita do Pai em favor de toda a humanidade e age através da Igreja em benfício de todo ser humano, até de quem não crê n"Ele!

Em terceiro lugar, glorificado, o Senhor é nosso Juiz! Para ele caminham a história humana e as nossas histórias. Somente Ele pode ver o nosso caminho neste mundo com o seu sentido mais profundo, somente Ele nos julgará, porque, à Direita do Pai, somente Ele abarca toda a história com o seu Espírito e desvenda  o seu sentido pleno; somente n'Ele os nossos pobres dias podem encontrar o Dia sem fim, o Dia pleno da glória eterna! 

Quarto: desaparecendo da nossa vista humana, Ele nos dá o seu Espírito, inaugurando um novo modo de estar presente entre nós, mais profundo e eficaz: agora Ele nos é interior, age em nós pela energia do seu Espírito Santo: “Eis que eu estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo!” – Essa promessa não é palavra vazia; é, sim, uma impressionante realidade! E é nesse Espírito que Ele consola a Igreja e a guia na missão  pelas estradas do mundo.

Em quinto lugar: a sua presença na glória, à Direita do Pai, o constitui para sempre como nosso Intercessor, como diz o Autor da Epístola aos Hebreus: “Cristo entrou no próprio céu, a fim de comparecer, agora, na presença de Deus, em nosso favor!” (9,24). Eis como é grande a nossa certeza, como é profunda a nossa esperança, como é certo o nosso camiho: temos um Irmão nosso, um de nossa raça à Direita do Pai, intercedendo por nós!

Caríssimos, a hodierna Solenidade é também a nossa festa e motivo de alegria para nós! Aquele que hoje se sentou à Direita do Pai é o Filho eterno feito homem, é um de nós! Que coisa impressionante: hoje, a nossa humanidade foi colocada acima dos Anjos! Aquele que, como Deus, foi colocado no presépio e no sepulcro, hoje, como homem, foi colocado acima dos anjos, à Direita do próprio Pai! Ora, alegremo-nos: onde já está o Cristo, nossa Cabeça, estaremos um dia todos nós, membros do seu Corpo! 
“Ó Deus todo-poderoso, a ascensão do vosso Filho já é a nossa vitória: membros do seu corpo, somos chamados a participar da sua glória!” 



Fernando Ilídio in CANTINHO DA TEOLOGIA ®


Ascensão do Senhor - Ano A

PRIMEIRA LEITURA
Actos 1, 1-11

«Elevou-Se à vista deles»

Leitura dos Actos dos Apóstolos

No meu primeiro livro, ó Teófilo,
narrei todas as coisas que Jesus começou a fazer e a ensinar,
desde o princípio até ao dia em que foi elevado ao Céu,
depois de ter dado, pelo Espírito Santo,
as suas instruções aos Apóstolos que escolhera.
Foi também a eles que, depois da sua paixão,
Se apresentou vivo com muitas provas,
aparecendo-lhes durante quarenta dias
e falando-lhes do reino de Deus.
Um dia em que estava com eles à mesa,
mandou-lhes que não se afastassem de Jerusalém,
mas que esperassem a promessa do Pai,
«da qual – disse Ele – Me ouvistes falar.
Na verdade, João baptizou com água;
vós, porém, sereis baptizados no Espírito Santo,
dentro de poucos dias».
Aqueles que se tinham reunido começaram a perguntar:
«Senhor, é agora que vais restaurar o reino de Israel?».
Ele respondeu-lhes:
«Não vos compete saber os tempos ou os momentos
que o Pai determinou com a sua autoridade;
mas recebereis a força do Espírito Santo,
que descerá sobre vós,
e sereis minhas testemunhas
em Jerusalém e em toda a Judeia e na Samaria,
e até aos confins da terra».
Dito isto, elevou-Se à vista deles
e uma nuvem escondeu-O a seus olhos.
E estando de olhar fito no Céu, enquanto Jesus Se afastava,
apresentaram-se-lhes dois homens vestidos de branco,
que disseram:
«Homens da Galileia, porque estais a olhar para o Céu?
Esse Jesus, que do meio de vós foi elevado para o Céu,
virá do mesmo modo que O vistes ir para o Céu».

Palavra do Senhor.

SALMO RESPONSORIAL
46 (47), 2-3.6-7.8-9

Por entre aclamações e ao som da trombeta,
ergue-Se Deus, o Senhor.

Ou:

Ergue-Se Deus, o Senhor,
em júbilo e ao som da trombeta.

Povos todos, batei palmas,
aclamai a Deus com brados de alegria,
porque o Senhor, o Altíssimo, é terrível,
o rei soberano de toda a terra.

Deus subiu entre aclamações,
o Senhor subiu ao som da trombeta.
Cantai hinos a Deus, cantai,
cantai hinos ao nosso rei, cantai.

Deus é rei do universo:
cantai os hinos mais belos.
Deus reina sobre os povos,
Deus está sentado no seu trono sagrado.

SEGUNDA LEITURA
Ef 1, 17-23

«Colocou-O à sua direita nos Céus»

Leitura da Epístola do apóstolo São Paulo aos Efésios

Irmãos:
O Deus de Nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai da glória,
vos conceda um espírito de sabedoria e de revelação
para O conhecerdes plenamente
e ilumine os olhos do vosso coração,
para compreenderdes a esperança a que fostes chamados,
os tesouros de glória da sua herança entre os santos
e a incomensurável grandeza do seu poder
para nós os crentes.
Assim o mostra a eficácia da poderosa força
que exerceu em Cristo,
que Ele ressuscitou dos mortos
e colocou à sua direita nos Céus,
acima de todo o Principado, Poder, Virtude e Soberania,
acima de todo o nome que é pronunciado, não só neste mundo,
mas também no mundo que há-de vir.
Tudo submeteu aos seus pés
e pô-l’O acima de todas as coisas,
como cabeça de toda a Igreja, que é o seu corpo,
a plenitude d’Aquele que preenche tudo em todos.

Palavra do Senhor.

ACLAMAÇÃO AO EVANGELHO
Mt 28, l9a.20b

Ide e ensinai todos os povos, diz o Senhor:
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos.

EVANGELHO
Mt 28, 16-20

«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra»

croce_vangelo.pngConclusão do santo Evangelho segundo São Mateus.


Naquele tempo,
os onze discípulos partiram para a Galileia,
em direcção ao monte que Jesus lhes indicara.
Quando O viram, adoraram-n’O;
mas alguns ainda duvidaram.
Jesus aproximou-Se e disse-lhes:
«Todo o poder Me foi dado no Céu e na terra.
Ide e ensinai todas as nações,
baptizando-as em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo,
ensinando-as a cumprir tudo o que vos mandei.
Eu estou sempre convosco até ao fim dos tempos».

Palavra da salvação.

sábado, 11 de abril de 2020

Ressuscitou! Aleluia


Jesus Cristo nosso sublime redentor
Celebramos hoje a vossa ressurreição,
Com o coração radiante de emoção,
Abençoados pelo vosso santo amor.

Louvado sejas ó Senhor da humildade,
Onipotente em caridade e perfeição,
Honrando o Pai em gloriosa missão,
Deu a vida para salvar a humanidade.

Jesus Cristo que outra vez ressuscitou
Faz renascer nos corações Vosso amor
Para que Vossa paz enfim possa reinar.

Tende piedade de quem não conhece,
Que o vosso nome é a mais linda prece
Que devemos amar, honrar e glorificar.

Fernando Ilídio


Aos queridos amigos(as) e leitores do Cantinho da Teologia, os votos de Feliz Páscoa e que Jesus Ressuscitado sempre vos abençoe.

quinta-feira, 9 de abril de 2020

Jesus Cristo, A PAIXÃO









Estamos aqui nós, humildes mas resilientes, em frente a vós Senhor,
olhando o Vosso rosto sofredor , mas que seduz,
pensando nesse exemplo de fidelidade ao Pai,
levando com tanta dor e coragem a pesada cruz.

Aqui, contemplando os espinhos ferindo a Tua santa carne
as mãos e pés trespassadas, choramos
deste-nos tudo, vida, amor ,fé, esperança e caridade.
Nós, ingratidão. É a Vossa Paixão, perdoa-nos, nós Te imploramos.

Olhamos nos teus olhos, a Tua boca diz-nos, Coragem!
Continuem! A vossa vida na terra é um caminhar,
uma breve passagem plantada num canteiro.
As flores que desabrocham, para Tu as levares.

Assim as vamos plantando com trabalho e oração,
esperando que nossas lágrimas as reguem humanamente.
As flores vão crescendo ao Sol e procurando
a Luz do Vosso infinito Amor e perdão, simplesmente.

Fernando Ilídio
In Cantinho da Teologia®

segunda-feira, 2 de março de 2020

Quaresma, tempo de conversão


Quaresma, tempo de conversão

A quaresma é o tempo litúrgico mais propicio para a conversão, tempo este, que a Igreja enaltece no sentido de nos preparar para a grande festa da Páscoa. É tempo para nos arrepender dos nossos pecados e de mudar algo em nós para sermos melhores cristãos e podermos viver mais próximos de Cristo.
A Quaresma dura 40 dias; começa na Quarta-feira de Cinzas e termina no Domingo de Ramos. Ao longo deste tempo, sobretudo na liturgia de domingo, fazemos um esforço para recuperar o ritmo e estilo cristão no qual devemos viver como verdadeiros filhos de Deus.
Durante este tempo, Cristo, de forma especial, convida-nos a mudar de vida. A Igreja convida-nos a viver a Quaresma como um caminho à imagem de Jesus Cristo, escutando a Palavra de Deus, orando, compartilhando com o próximo e praticando as boas obras. Convida-nos a viver uma série de atitudes cristãs que nos ajudam a parecer mais com Jesus Cristo, já que por acção do pecado, afastamos-nos
mais de Deus.
Por isso, a Quaresma é o tempo do perdão e da reconciliação fraterna. Cada dia, durante a vida, devemos retirar dos nossos corações o ódio, o rancor, a inveja, os zelos que opõem o nosso amor a Deus e aos irmãos. Na Quaresma, aprendemos a conhecer e apreciar a Cruz de Jesus. Com isto aprendemos também a tomar a nossa cruz com alegria para alcançar a glória da ressurreição.
A prática da Quaresma data desde o século IV, quando se dá a tendência a constituí-la em tempo de penitência e de renovação para toda a Igreja, com a prática do jejum e da abstinência. Conservada com bastante vigor, ao menos em um princípio, nas Igrejas do oriente, a prática penitencial da Quaresma tem sido cada vez mais abrandada no ocidente, mas deve-se observar um espírito penitencial e de conversão.

Fernando Ilídio by Cantinho da Teologia


quinta-feira, 16 de janeiro de 2020

Venerar e Adorar, qual a diferença?

 Para o nosso crescimento como cristãos, é importante entender a diferença entre venerar e adorar.
Venerar e adorar são duas formas de culto presentes na vida da Igreja. Embora elas sejam diferentes, muitos católicos fazem uma grande confusão entre ambas.

Adoração é o culto que prestamos exclusivamente a Deus
“Adorar a Deus é reconhecê-Lo como tal, Criador e Salvador, Senhor e Dono de tudo quanto existe, Amor infinito e misericordioso. ‘Ao Senhor teu Deus adorarás, só a Ele lhe prestarás culto’ (Lc 4, 8) – diz Jesus, citando o Deuteronómio (Dt 6, 13)” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2096). A adoração é chamada de “culto de latria” (do grego latreou, que significa “adorar”). “Adorar a Deus é reconhecer, com respeito e submissão absoluta, o ‘nada da criatura’” (idem, n. 2097).

Qual é a diferença entre venerar e adorar?
Venerar é o culto prestado aos Santos, às imagens e relíquias que os representam.
Venerar significa honrar; é chamado de “culto de dulia” (do grego douleuo). Também recebe o culto de dulia a Palavra de Deus, ou melhor, os sinais da Palavra de Deus, especialmente a Sagrada Escritura, o evangeliário e o lecionário (estes últimos livros litúrgicos possuem partes da Palavra de Deus contida nas Sagradas Escrituras). Existe também o “culto de hiperdulia”, que é prestado a Nossa Senhora.

A veneração, por sua vez, tem sentido quando se refere a honrar uma pessoa ou um objeto que nos remete a Deus. Claro que, fora do âmbito religioso, existe a prática de venerar e honrar pessoas, lugares entre outros. Porém, a veneração, enquanto culto cristão, não tem outro sentido senão valorizar algo, um sinal que nos remete a Deus e ao Seu chamado de conversão.

A veneração é um culto, muitas vezes, incompreendido pelos protestantes e evangélicos; e muitas vezes, a falta de conhecimento e formação de alguns fiéis católicos em nada ajuda estes nossos irmãos nesse sentido. Contudo, muitas vezes, mesmo sem o saber, eles também veneram sinais que os remetem a Deus, e nisto fazem uma ainda maior confusão.

Confusão de culto
Apegados à Antiga Aliança, os protestantes veneram os sinais próprios dessa fase da Revelação, como a Arca da Aliança, a menorah (candelabro de 7 velas), o Templo de Jerusalém, as pedras da Lei entre outros. Esta contradição só não é mais evidente, porque os grandes sinais da Antiga Aliança quase que desapareceram. A grande confusão no culto deles, no entanto, dá-se em relação à Bíblia.

A Palavra de Deus que adoramos é Jesus, o Verbo Encarnado, Palavra eterna do Pai, Pessoa viva da Santíssima Trindade. A Sagrada Escritura é expressão inspirada e infalível dessa mesma Palavra, mas, mesmo sendo assim, não deixa de ser um livro. Que o leitor preste atenção nesta sutil, mas importantíssima diferença: a Bíblia é Palavra de Deus, mas a Palavra de Deus não é a Bíblia, a Palavra de Deus é Cristo. A Bíblia e seus conteúdos escritos – todos escritos em contextos históricos específicos, culturais, geográficos, sociais, entre outros, devem ser honrados por nós, venerados pelos cristãos.

Confusão em relação aos santos e imagens.

A Palavra de Deus não se pode apenas restringir a um livro, por mais sagrado que este seja. Esta confusão leva os protestantes a terem uma relação de adoração à Bíblia, o que os faz desprezar as outras fontes de Revelação que Deus deixou para a Sua Igreja. Essa confusão é muito mais nociva à fé do que a confusão feita pelos fiéis católicos em relação aos santos e suas imagens. Isto porque os protestantes o fazem por uma questão de conceito, enquanto os fiéis católicos que fazem essa confusão, fazem-na por ignorância.

Fica evidente a importância de compreender a relação que devemos ter com as coisas santas. Devemos "cultuá-las", porém, da maneira correta. Que os erros não nos desanimem de prestar o devido culto a estes tesouros que Deus deixa no meio dos homens, para que, olhando para eles e os venerando, possamos encontrar a face d’Aquele que é o Único a quem nós adoramos.



Fernando Ilídio in Cantinho da Teologia®
16 de Janeiro e 2020