sexta-feira, 7 de março de 2025

Como devemos comungar, na boca ou na mão?

A Igreja Católica permite que a Sagrada Comunhão seja recebida tanto na boca como na mão, e ambas as formas são dignas, desde que sejam feitas com respeito e devoção. No entanto, há um debate sobre qual delas expressa maior reverência.

Comunhão na Boca

Tradicionalmente, a Comunhão era recebida diretamente na boca, e esta ainda é a forma preferida por muitos fiéis e clérigos. A principal razão é que evita qualquer risco de profanação, pois reduz a possibilidade de partículas da Hóstia se perderem. Além disso, reforça o sentido de receção, lembrando que a Eucaristia é um dom gratuito de Deus, não algo que tomamos por nós próprios.

Comunhão na Mão

A Comunhão na mão também tem raízes antigas na Igreja e foi retomada em várias partes do mundo como um sinal de participação ativa dos fiéis. Esta prática pode ser vista como uma atitude de humildade e responsabilidade: o fiel recebe o Corpo de Cristo nas suas mãos e leva-O à boca com reverência. No entanto, exige um grande cuidado para que nenhuma partícula da Hóstia seja desperdiçada e para evitar gestos desrespeitosos.

Qual a Forma Mais Digna?

A dignidade da receção da Comunhão não está apenas no modo externo, mas na disposição interior. Tanto a Comunhão na mão como na boca podem ser feitas de maneira profundamente reverente ou, pelo contrário, de forma descuidada.

Se a preocupação é evitar qualquer risco de profanação, a Comunhão na boca pode ser vista como mais segura. Se a intenção é ressaltar a participação consciente e ativa, a Comunhão na mão também pode ser digna. O importante é que, independentemente da forma escolhida, seja feita com fé, respeito e amor pelo Santíssimo Sacramento.


Fernando Ilídio in Cantinho da Teologia ®

Matosinhos, 07 de Março de 2025



A Importância de Estar de Pé Durante a Distribuição da Sagrada Eucaristia

A postura durante a celebração da Eucaristia não é meramente uma questão de convenção ou comodidade, mas carrega um profundo significado teológico e litúrgico. No momento da receção do Corpo de Cristo, a posição de pé é um sinal de respeito, prontidão e comunhão com toda a Igreja.

Desde os primeiros séculos do Cristianismo, estar de pé tem sido uma postura de oração e adoração. É a posição dos ressuscitados, daqueles que, redimidos por Cristo, se mantêm firmes na fé e na esperança da vida eterna. Na Liturgia Eucarística, este gesto manifesta a dignidade dos filhos de Deus, chamados a participar ativamente no mistério da salvação.

Além disso, estar de pé durante a receção da Sagrada Comunhão reflete a atitude de quem se dirige conscientemente ao encontro com Cristo. Ao aproximar-se do altar, o fiel faz um ato de fé, reconhecendo a presença real de Jesus na Eucaristia. Este gesto exprime também unidade e igualdade entre os membros da comunidade cristã, que juntos se alimentam do mesmo Pão da Vida.

Contudo, é importante recordar que a Igreja permite outras posturas, como ajoelhar-se, especialmente como expressão de adoração pessoal. O mais relevante não é apenas a posição física, mas a disposição interior com que cada fiel se aproxima do Santíssimo Sacramento.

Assim, ao estar de pé para receber a Sagrada Eucaristia, o cristão reafirma a sua fé, manifesta a alegria da ressurreição e demonstra a sua plena participação no Banquete do Senhor.

Fernando Ilídio 


Matosinhos, 07 de  Março de 2025

Cantinho da Teologia ®