domingo, 9 de março de 2014

PAPA FRANCESCO
ANGELUS
Piazza San Pietro
I Domenica di Quaresima, 9 marzo 2014
 

Cari fratelli e sorelle, buongiorno!
il Vangelo della prima domenica di Quaresima presenta ogni anno l’episodio delle tentazioni di Gesù, quando lo Spirito Santo, sceso su di Lui dopo il battesimo nel Giordano, lo spinse ad affrontare apertamente Satana nel deserto, per quaranta giorni, prima di iniziare la sua missione pubblica.
Il tentatore cerca di distogliere Gesù dal progetto del Padre, ossia dalla via del sacrificio, dell’amore che offre se stesso in espiazione, per fargli prendere una strada facile, di successo e di potenza. Il duello tra Gesù e Satana avviene a colpi di citazioni della Sacra Scrittura. Il diavolo, infatti, per distogliere Gesù dalla via della croce, gli fa presenti le false speranze messianiche: il benessere economico, indicato dalla possibilità di trasformare le pietre in pane; lo stile spettacolare e miracolistico, con l’idea di buttarsi giù dal punto più alto del tempio di Gerusalemme e farsi salvare dagli angeli; e infine la scorciatoia del potere e del dominio, in cambio di un atto di adorazione a Satana. Sono i tre gruppi di tentazioni: anche noi li conosciamo bene!
Gesù respinge decisamente tutte queste tentazioni e ribadisce la ferma volontà di seguire la via stabilita dal Padre, senza alcun compromesso col peccato e con la logica del mondo. Notate bene come risponde Gesù. Lui non dialoga con Satana, come aveva fatto Eva nel paradiso terrestre. Gesù sa bene che con Satana non si può dialogare, perché è tanto astuto. Per questo Gesù, invece di dialogare come aveva fatto Eva, sceglie di rifugiarsi nella Parola di Dio e risponde con la forza di questa Parola. Ricordiamoci di questo: nel momento della tentazione, delle nostre tentazioni, niente argomenti con Satana, ma sempre difesi dalla Parola di Dio! E questo ci salverà. Nelle sue risposte a Satana, il Signore, usando la Parola di Dio, ci ricorda anzitutto che «non di solo pane vivrà l’uomo, ma di ogni parola che esce dalla bocca di Dio» (Mt 4,4; cfr Dt 8,3); e questo ci dà forza, ci sostiene nella lotta contro la mentalità mondana che abbassa l’uomo al livello dei bisogni primari, facendogli perdere la fame di ciò che è vero, buono e bello, la fame di Dio e del suo amore. Ricorda inoltre che «sta scritto anche: “Non metterai alla prova il Signore Dio tuo”» (v. 7), perché la strada della fede passa anche attraverso il buio, il dubbio, e si nutre di pazienza e di attesa perseverante. Gesù ricorda infine che «sta scritto: “Il Signore, Dio tuo, adorerai: a lui solo renderai culto”» (v. 10); ossia, dobbiamo disfarci degli idoli, delle cose vane, e costruire la nostra vita sull’essenziale.
Queste parole di Gesù troveranno poi riscontro concreto nelle sue azioni. La sua assoluta fedeltà al disegno d’amore del Padre lo condurrà dopo circa tre anni alla resa dei conti finale con il «principe di questo mondo» (Gv 16,11), nell’ora della passione e della croce, e lì Gesù riporterà la sua vittoria definitiva, la vittoria dell’amore!
Cari fratelli, il tempo della Quaresima è occasione propizia per tutti noi per compiere un cammino di conversione, confrontandoci sinceramente con questa pagina del Vangelo. Rinnoviamo le promesse del nostro Battesimo: rinunciamo a Satana e a tutte le sue opere e seduzioni – perché è un seduttore lui –, per camminare sui sentieri di Dio e «giungere alla Pasqua nella gioia dello Spirito» (Orazione colletta della I Dom. di Quaresima Anno A).

Dopo l'Angelus:
Rivolgo un cordiale saluto ai fedeli di Roma e a tutti i pellegrini!
Saluto i gruppi parrocchiali provenienti da Biella e Vercelli, da Laura di Paestum, San Marzano, Aosta, Latina, Avellino e Pachino.
Saludo al Colegio “Santa María” de Elche, España.
Un pensiero speciale va ai ragazzi di Rosolina che domenica prossima riceveranno la Cresima, a quelli della Toscana che fanno a Roma la “promessa” di seguire Gesù, e a quelli di Paderno Dugnano, Seregno, Bellaria e Curno. Saluto anche i genitori e i bambini di Cabiate.
Durante questa Quaresima, teniamo presente l’invito della Caritas Internazionale nella sua campagna contro la fame nel mondo. Auguro a tutti che il cammino quaresimale da poco iniziato sia ricco di frutti; e domando a voi un ricordo nella preghiera per me e per i collaboratori della Curia Romana, che questa sera inizieremo la settimana di Esercizi spirituali. Grazie.
Buona domenica e buon pranzo. Arrivederci!

A conferência, de entrada livre, acontece na próxima sexta feira, dia 14, às 21h30 no Cine-Teatro Constantino Nery.
Subordinada ao tema "Cultura Cidadania Fé", contará também com um momento musical pela Escola de Música Óscar da Silva e no final a plateia poderá interpelar os conferencistas - José Tolentino Mendonça, Manuel Sobrinho Simões e Jaume Aymar.
Um evento cultural imperdível!
 
Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma
Comentário do dia

Sermões ao povo, n° 24; SC 243
São Cesário de Arles (470-543), monge, bispo

«A Mim mesmo o fizestes»
Reflecti, meus irmãos, e vede o exemplo de Nosso Senhor, que fez de nós Viajantes e nos ordenou que chegássemos à cidade celeste (Heb 11,13ss) trilhando o caminho da caridade. […] Embora esteja no céu, por compaixão pelos seus membros que sofrem, pois Ele é a cabeça dos membros e do corpo do mundo inteiro (Col 2,19), disse: «Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a Mim que o deixastes de fazer.» […] Quando Ele transformou Paulo, o perseguidor, em pregador disse-lhe do alto do céu: «Saulo, Saulo, porque Me persegues?» (Act 9,4). […] Saulo perseguia os cristãos; perseguiria Cristo, que estava no céu? Mas Cristo estava nos cristãos, sofrendo com todos os seus membros, para que esta palavra fosse verdadeira nele: «Quando um membro sofre, todos os membros sofrem com ele» (1Cor 12,26). […]

Suportemos, pois, os fardos uns dos outros (Gal 6,2); os outros membros estão destinados a seguir a cabeça. […] Se o nosso Senhor e Salvador, que não teve pecado, Se digna amar-nos, a nós pecadores, com uma afeição tão grande que afirma sofrer o que nós sofremos, porque é que nós, que somos pecadores e podemos resgatar os nossos pecados através da caridade, não nos amamos com um amor tão perfeito que partilhemos, por caridade, todo o mal que é suportado por um de nós? […] Uma mão ou qualquer outro membro cortado do corpo já não sente nada; assim é o cristão que não sofre com a infelicidade, o infortúnio ou mesmo a morte de outro.
Segunda-feira da 1ª semana da Quaresma
10-03-2014


Livro de Levítico 19,1-2.11-18.
O Senhor dirigiu-Se a Moisés nestes termos:
«Fala a toda a comunidade dos filhos de Israel e diz-lhes: ‘Sede santos, porque Eu, o Senhor, vosso Deus, sou santo.
Não furtareis, não mentireis, nem enganareis em detrimento de um compatriota.
Não jurareis falso, em meu nome; desse modo profanareis o nome do vosso Deus. Eu sou o Senhor.
Não roubarás nem furtarás nada ao teu próximo; o salário do jornaleiro não passará a noite em teu poder até à manhã seguinte.
Não insultarás um surdo, não colocarás tropeços diante de um cego. Teme o teu Deus. Eu sou o Senhor.
Não cometerás injustiças nos julgamentos. Não prejudicarás o pobre, nem serás complacente para com o poderoso. Julgarás o teu compatriota com imparcialidade.
Não semearás o mal no meio do teu povo. Não peças o sangue do teu próximo. Eu sou o Senhor.
Não odiarás o teu próximo no teu coração; mas repreende o teu compatriota para não caíres em pecado por causa dele.
Não te vingarás nem guardarás rancor aos filhos do teu povo, mas amarás o teu próximo como a ti mesmo. Eu sou o Senhor.


Livro de Salmos 19(18),8.9.10.15.
A lei do Senhor é perfeita,
ela reconforta o espírito;
as ordens do Senhor são firmes,
dão sabedoria ao homem simples.

Os mandamentos do Senhor são rectos,  
alegram o coração;
os preceitos do Senhor são claros,
iluminam os olhos.

O temor do Senhor é puro
e permanece eternamente;
os juízos do Senhor são verdadeiros,
todos eles são rectos.

Aceita, com bondade, as palavras da minha boca
e estejam na tua presença
os murmúrios do meu coração,
ó Senhor, meu refúgio e meu libertador.



Evangelho segundo S. Mateus 25,31-46.
Naquele tempo, disse Jesus aos seus discípulos: «Quando o Filho do Homem vier na sua glória, acompanhado por todos os seus anjos, há-de sentar-Se no seu trono de glória.
Perante Ele, vão reunir-se todos os povos e Ele separará as pessoas umas das outras, como o pastor separa as ovelhas dos cabritos.
À sua direita porá as ovelhas e à sua esquerda, os cabritos.
O Rei dirá, então, aos da sua direita: 'Vinde, benditos de meu Pai! Recebei em herança o Reino que vos está preparado desde a criação do mundo.
Porque tive fome e destes-me de comer, tive sede e destes-me de beber, era peregrino e recolhestes-me,
estava nu e destes-me que vestir, adoeci e visitastes-me, estive na prisão e fostes ter comigo.’
Então, os justos vão responder-lhe: 'Senhor, quando foi que te vimos com fome e te demos de comer, ou com sede e te demos de beber?
Quando te vimos peregrino e te recolhemos, ou nu e te vestimos?
E quando te vimos doente ou na prisão, e fomos visitar-te?’
E o Rei vai dizer-lhes, em resposta: 'Em verdade vos digo: Sempre que fizestes isto a um destes meus irmãos mais pequeninos, a mim mesmo o fizestes.’
Em seguida dirá aos da esquerda: 'Afastai-vos de mim, malditos, para o fogo eterno, que está preparado para o diabo e para os seus anjos!
Porque tive fome e não me destes de comer, tive sede e não me destes de beber,
era peregrino e não me recolhestes, estava nu e não me vestistes, doente e na prisão e não fostes visitar-me.’
Por sua vez, eles perguntarão: 'Quando foi que te vimos com fome, ou com sede, ou peregrino, ou nu, ou doente, ou na prisão, e não te socorremos?’
Ele responderá, então: 'Em verdade vos digo: Sempre que deixastes de fazer isto a um destes pequeninos, foi a mim que o deixastes de fazer.’
Estes irão para o suplício eterno, e os justos, para a vida eterna.»
1º Domingo da Quaresma - Ano A
09-03-2014


Livro de Génesis 2,7-9.3,1-7.

O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo.
Depois, o Senhor Deus plantou um j...ardim no Éden, ao oriente, e nele colocou o homem que tinha formado.
O Senhor Deus fez brotar da terra toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer; a árvore da Vida estava no meio do jardim, assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal.
A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus fizera; e disse à mulher: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?»
A mulher respondeu-lhe: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim;
mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis.’
A serpente retorquiu à mulher: ‘Não, não morrereis;
porque Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal’.»
Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer, pois era de atraente aspeto e precioso para esclarecer a inteligência, agarrou do fruto, comeu, deu dele também a seu marido, que estava junto dela, e ele também comeu.
Então, abriram-se os olhos aos dois e, reconhecendo que estavam nus, coseram folhas de figueira umas às outras e colocaram-nas, como se fossem cinturas, à volta dos rins.

Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.12-13.14.17. 

Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado.
Lava-me de toda a iniquidade;
purifica-me dos meus delitos.

Porque eu reconheço os meus pecados
e tenho diante de mim as minhas culpas.
Pequei contra ti, só contra ti,
e fiz o mal diante dos teus olhos.

Cria em mim, ó Deus, um coração puro;
renova e dá firmeza ao meu espírito.
Não me afasteis da vossa presença,
nem me privais do vosso santo espírito!

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação
e sustentai-me com um espírito generoso.
Abre, Senhor, os meus lábios,
para que a minha boca possa anunciar o vosso louvor.

Carta aos Romanos 5,12-19.

Irmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram.
De facto, antes da Lei já existia o pecado no mundo; mas o pecado não é tido em conta quando não há lei.
Apesar disso, desde Adão até Moisés reinou a morte, mesmo sobre aqueles que não tinham pecado por uma transgressão idêntica à de Adão, que é figura daquele que havia de vir.
Com efeito, o que se passa com o dom gratuito não é o mesmo que se passa com a falta. Se pela falta de um só todos morreram, com muito mais razão a graça de Deus, aquela graça oferecida por meio de um só homem, Jesus Cristo, foi a todos concedida em abundância.
E também com o dom não acontece o mesmo que acontece com as consequências do pecado de um só. Com efeito, o julgamento, que partiu de um só, teve como resultado a condenação; enquanto que o dom gratuito, que partiu de muitas faltas, teve como resultado a justificação.
De facto, se pela falta de um só e por meio de um só reinou a morte, com muito mais razão, por meio de um só, Jesus Cristo, hão de reinar na vida aqueles que recebem em abundância a graça e o dom da justiça.
Portanto, como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida.
De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão de tornar justos.

Evangelho segundo S. Mateus 4,1-11.

Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo.
Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome.
O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães.»
Respondeu-lhe Jesus: «Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.»
Então, o diabo conduziu o à cidade santa e, colocando o sobre o pináculo do templo,
disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te-ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra.»
Disse-lhe Jesus: «Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!»
Em seguida, o diabo conduziu-o a um monte muito alto e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo com a sua glória,
disse-lhe: «Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.»
Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.»
Então, o diabo deixou-o e chegaram os anjos e serviram-no.
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Foto: 1º Domingo da Quaresma - Ano A 
09-03-2014

Livro de Génesis 2,7-9.3,1-7.  
O Senhor Deus formou o homem do pó da terra e insuflou-lhe pelas narinas o sopro da vida, e o homem transformou-se num ser vivo. 
Depois, o Senhor Deus plantou um jardim no Éden, ao oriente, e nele colocou o homem que tinha formado. 
O Senhor Deus fez brotar da terra toda a espécie de árvores agradáveis à vista e de saborosos frutos para comer; a árvore da Vida estava no meio do jardim, assim como a árvore do conhecimento do bem e do mal. 
A serpente era o mais astuto de todos os animais selvagens que o Senhor Deus fizera; e disse à mulher: «É verdade ter-vos Deus proibido comer o fruto de alguma árvore do jardim?» 
A mulher respondeu-lhe: «Podemos comer o fruto das árvores do jardim; 
mas, quanto ao fruto da árvore que está no meio do jardim, Deus disse: ‘Nunca o deveis comer, nem sequer tocar nele, pois, se o fizerdes, morrereis.’ 
A serpente retorquiu à mulher: ‘Não, não morrereis; 
porque Deus sabe que, no dia em que o comerdes, abrir-se-ão os vossos olhos e sereis como Deus, ficareis a conhecer o bem e o mal’.» 
Vendo a mulher que o fruto da árvore devia ser bom para comer, pois era de atraente aspeto e precioso para esclarecer a inteligência, agarrou do fruto, comeu, deu dele também a seu marido, que estava junto dela, e ele também comeu. 
Então, abriram-se os olhos aos dois e, reconhecendo que estavam nus, coseram folhas de figueira umas às outras e colocaram-nas, como se fossem cinturas, à volta dos rins. 

Livro de Salmos 51(50),3-4.5-6a.12-13.14.17.  
Tem compaixão de mim, ó Deus, pela tua bondade;   
pela tua grande misericórdia, apaga o meu pecado. 
Lava-me de toda a iniquidade; 
purifica-me dos meus delitos. 

Porque eu reconheço os meus pecados 
e tenho diante de mim as minhas culpas. 
Pequei contra ti, só contra ti, 
e fiz o mal diante dos teus olhos. 

Cria em mim, ó Deus, um coração puro; 
renova e dá firmeza ao meu espírito. 
Não me afasteis da vossa presença, 
nem me privais do vosso santo espírito! 

Dai-me de novo a alegria da vossa salvação 
e sustentai-me com um espírito generoso. 
Abre, Senhor, os meus lábios, 
para que a minha boca possa anunciar o vosso louvor. 

Carta aos Romanos 5,12-19.  

Irmãos: Assim como por um só homem entrou o pecado no mundo e, pelo pecado, a morte, assim a morte atingiu todos os homens, uma vez que todos pecaram. 
De facto, antes da Lei já existia o pecado no mundo; mas o pecado não é tido em conta quando não há lei. 
Apesar disso, desde Adão até Moisés reinou a morte, mesmo sobre aqueles que não tinham pecado por uma transgressão idêntica à de Adão, que é figura daquele que havia de vir. 
Com efeito, o que se passa com o dom gratuito não é o mesmo que se passa com a falta. Se pela falta de um só todos morreram, com muito mais razão a graça de Deus, aquela graça oferecida por meio de um só homem, Jesus Cristo, foi a todos concedida em abundância. 
E também com o dom não acontece o mesmo que acontece com as consequências do pecado de um só. Com efeito, o julgamento, que partiu de um só, teve como resultado a condenação; enquanto que o dom gratuito, que partiu de muitas faltas, teve como resultado a justificação. 
De facto, se pela falta de um só e por meio de um só reinou a morte, com muito mais razão, por meio de um só, Jesus Cristo, hão de reinar na vida aqueles que recebem em abundância a graça e o dom da justiça. 
Portanto, como pela falta de um só veio a condenação para todos os homens, assim também pela obra de justiça de um só veio para todos os homens a justificação que dá a vida. 
De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também pela obediência de um só todos se hão de tornar justos. 

Evangelho segundo S. Mateus 4,1-11.
  
Naquele tempo, Jesus foi conduzido pelo Espírito ao deserto, a fim de ser tentado pelo diabo. 
Jejuou durante quarenta dias e quarenta noites e, por fim, teve fome. 
O tentador aproximou-se e disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, ordena que estas pedras se convertam em pães.» 
Respondeu-lhe Jesus: «Está escrito: Nem só de pão vive o homem, mas de toda a palavra que sai da boca de Deus.» 
Então, o diabo conduziu o à cidade santa e, colocando o sobre o pináculo do templo, 
disse-lhe: «Se Tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo, pois está escrito: Dará a teu respeito ordens aos seus anjos; eles suster-te-ão nas suas mãos para que os teus pés não se firam nalguma pedra.» 
Disse-lhe Jesus: «Também está escrito: Não tentarás o Senhor teu Deus!» 
Em seguida, o diabo conduziu-o a um monte muito alto e, mostrando-lhe todos os reinos do mundo com a sua glória, 
disse-lhe: «Tudo isto te darei, se, prostrado, me adorares.» 
Respondeu-lhe Jesus: «Vai-te, Satanás, pois está escrito: Ao Senhor, teu Deus, adorarás e só a Ele prestarás culto.» 
Então, o diabo deixou-o e chegaram os anjos e serviram-no.
1º Domingo da Quaresma - Ano A
Comentário do dia
São Gregório Magno (c. 540-604), papa, doutor da Igreja
Homilias sobre o Evangelho, n°16

«De facto, tal como pela desobediência de um só homem todos se tornaram pecadores, assim também ...pela obediência de um só todos se hãode tornar justos» (Rom 5,19)

Analisando o desenvolvimento das tentações do Senhor, conseguimos compreender quão grandiosamente fomos libertados da tentação. O inimigo das origens levantou-se contra o primeiro homem, nosso antepassado, com três tentações: tentou-o pela gula, pela vanglória e pela avareza […]. Pela gula, mostrou-lhe o fruto proibido da árvore e persuadiu-o a comê-lo. Tentou-o pela vanglória, dizendo-lhe: «Sereis como Deus» (Gn 3,5). E tentou-o ainda pela avareza, dizendo-lhe: «Conhecereis o bem e o mal». Com efeito, a avareza não tem por objeto apenas o dinheiro, mas também as honras […].

Mas quando tentou o segundo Adão (1Cor 15,47), os próprios meios que lhe tinham servido para derrubar o primeiro homem venceram o diabo. Tenta-O pela gula, ao pedir-lhe: «Ordena que estas pedras se transformem em pães»; tenta-O pela vanglória, ao dizer-lhe: «Se és o Filho de Deus, atira-Te daqui abaixo»; tenta-O pelo desejo ávido de honrarias quando, mostrando-Lhe todos os reinos do mundo, declara: «Tudo isto Te darei se, aos meus pés, me adorares» […]. Tendo desta forma aprisionado o diabo, o segundo Adão expulsa-o dos nossos corações pela mesma via por que lhe havia permitido neles entrar e tê-los em seu poder.

Uma outra coisa temos ainda de considerar relativamente às tentações do Senhor […]: Ele podia ter precipitado o tentador no abismo, mas não manifestou o seu poder pessoal; limitou-Se a responder ao diabo com preceitos da Santa Escritura. Fê-lo para nos dar exemplo de paciência, e para nos convidar a recorrer mais ao ensino do que à vingança. […] Vede bem a paciência de Deus, e a nossa impaciência! Nós deixamo-nos levar pela fúria quando a injustiça ou a ofensa nos atingem […]; o Senhor suportou a hostilidade do diabo, mas foi com palavras suaves que lhe respondeu.
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DISCURSO DO PAPA FRANCISCO
AOS MEMBROS DA FEDERAÇÃO ITALIANA
 DE EXERCÍCIOS ESPIRITUAIS
Sala Clementina
Segunda-feira, 3 de Março de 2014
 

Eminência, Excelência Estimados irmãos e irmãs


Encontro-me convosco de muito bom grado, por ocasião deste aniversário. Saúdo o Presidente, enquanto lhe agradeço as palavras que proferiu. Saúdo os Conselheiros, os Delegados e todos os presentes.
Este importante aniversário oferece-vos a ocasião propícia para um balanço, para fazer uma análise da vossa história, remontando às vossas origens e interpretando os novos sinais dos tempos. Por isso, é bom recordar a finalidade da vossa Federação, que consiste em «dar a conhecer os exercícios espirituais, entendidos como uma experiência forte de Deus, num clima de escuta da Palavra em vista da conversão e doação cada vez mais completas a Cristo e à Igreja» (art. 2).
O tema que escolhestes para a vossa Assembleia: «Apaixonados pela beleza espiritual para propagar o bom perfume de Cristo» (cf. 2 Cor 2, 14), exprime a convicção de que propor Exercícios Espirituais significa convidar a uma experiência de Deus, do seu amor e da sua beleza. Quem vive os Exercícios de modo autêntico experimenta a atracção e o fascínio de Deus, e volta renovado e transfigurado para a vida diária, para o ministério e para as relações do dia-a-dia, levando consigo o perfume de Cristo.
Os homens e as mulheres de hoje têm necessidade de encontrar Deus, de conhecer Deus «não por ter ouvido falar dele» (cf. Job 42, 5). O vosso serviço está totalmente orientado para isto, e desempenhai-o oferecendo espaços e tempos de escuta intensa da sua Palavra no silêncio e na oração. Lugares privilegiados para esta experiência espiritual são as Casas de Espiritualidade que, tendo em vista esta finalidade, devem ser ajudadas com pessoal adequado. Encorajo os Pastores das várias comunidades a preocupar-se a fim de que não faltem Casas de Exercícios, onde agentes bem formados e pregadores preparados, dotados de qualidades doutrinais e espirituais, sejam mestres de espírito. No entanto, nunca podemos esquecer que o protagonista da vida espiritual é o Espírito Santo. Ele sustém cada uma das nossas iniciativas de bem e de oração.
Caros amigos, um bom curso de Exercícios Espirituais contribui para renovar em quantos nele participam a adesão incondicional a Cristo, ajudando-os a compreender que a oração é o meio insubstituível de união com Cristo Crucificado: pone me iuxta te! Agradeço-vos o serviço inestimável que prestais à Igreja, a fim de que a prática dos Exercícios Espirituais seja difundida, sustentada e valorizada. Nossa Senhora vos assista sempre neste trabalho. No que me diz respeito, peço-vos que rezeis por mim enquanto, sobre todos vós, invoco a abundância das Bênçãos celestiais.