Maria não foi apenas a mulher escolhida por Deus para gerar o Salvador; a sua missão estende-se para além da Anunciação e do Natal. No mistério da Redenção, ela ocupa um lugar central, não apenas como Mãe de Jesus, mas também como Mãe da humanidade renovada.
Desde o primeiro "sim" ao anjo, Maria acolheu o desígnio divino com total disponibilidade. No seu ventre formou-se aquele que haveria de reconciliar o mundo com Deus. Contudo, a sua maternidade não se esgota no ato biológico de dar à luz. Na cruz, ao ver o seu Filho entregar-se ao Pai, Maria recebeu uma nova missão: tornar-se Mãe de todos os que renasceram para a vida nova em Cristo. Quando Jesus lhe diz, apontando para João: “Mulher, eis o teu filho” (Jo 19,26), Ele confia-lhe toda a humanidade redimida pelo seu sacrifício.
Se Jesus, pela sua morte e ressurreição, nos abre as portas do Céu, Maria, com a sua intercessão materna, guia-nos nesse caminho. Como nova Eva, ela desata os nós da desobediência original e, na sua Assunção, antecipa o destino glorioso que nos espera. É, por isso, chamada Porta do Céu: aquela que nos introduz na comunhão plena com Deus.
Quem se refugia em Maria, encontra nela um coração que compreende, uma mãe que cuida, uma guia segura para o encontro com o Pai e o Filho no seu esplendor. Maria não é apenas a Mãe do Redentor; é também a Mãe dos redimidos, aquela que nos ensina a dizer "sim" a Deus e a caminhar rumo à eternidade.
Fernando Ilídio - 04/03/2025
Cantinho da Teologia ®
Sem comentários:
Enviar um comentário