sexta-feira, 1 de junho de 2018

Momento de reflexão

Sexta-feira da 8ª semana do Tempo Comum


São Jerónimo (347-420), presbítero, tradutor da Bíblia, doutor da Igreja 
Homilias sobre o evangelho de Marcos, n.º 8; SC 494

«Não era tempo de figos».


«Não era tempo de figos». Na sua Carta aos Romanos, o apóstolo Paulo interpreta esta passagem da seguinte maneira: «Eu não quero, irmãos, que ignoreis este mistério, para que vos não julgueis sábios: deu-se o endurecimento de uma parte de Israel, até que a totalidade dos gentios tenha entrado. E é assim que todo o Israel será salvo» (Rom 11,25-26). Se o Senhor tivesse encontrado frutos nesta figueira, não teriam entrado todas as nações. Mas, dado que entraram todas as nações, todo o Israel será finalmente salvo. [...] Além disso, encontramos esta passagem no Apocalipse de João: «Da tribo de Judá, doze mil; da tribo de Rúben, doze mil acreditarão», e o mesmo acontece com outras tribos (Ap 7,5-8). No total, foram cento e quarenta e quatro mil os que acreditaram. [...] 

Se Israel tivesse acreditado, Nosso Senhor não teria sido crucificado, e se o Senhor não tivesse sido crucificado, a multidão dos pagãos não teria sido salva. Assim, os judeus tornar-se-ão crentes, mas só acreditarão no fim do mundo. Para eles, não era tempo de acreditarem na cruz. [...] A sua incredulidade é a nossa fé; a sua queda permitiu a nossa ascensão. Ainda não era tempo para eles, para que fosse o nosso.

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