quarta-feira, 30 de maio de 2018

Momento de reflexão


Quarta-feira da 8ª semana do Tempo Comum

Santo Afonso-Maria de Ligório (1696-1787), bispo, doutor da Igreja 
6.º Discurso para a novena de Natal

O Filho do Homem veio para dar a sua vida


O Senhor eterno dignou-Se apresentar-Se a nós primeiro como um menino pequeno num estábulo, depois como simples operário numa carpintaria, mais tarde como um criminoso que expirou num patíbulo e, por fim, como pão num altar. São numerosos aspetos, aspetos intencionais de Jesus, aspetos que tiveram um único efeito: o de mostrar o amor que Ele nos tem. 

Ah, Senhor, poderás inventar mais alguma coisa para fazer com que Te amemos? O profeta Isaías clamava: «Anunciai as suas obras entre os povos; proclamai que o seu nome é excelso» (Is 12,4). Almas resgatadas, dai a conhecer em todo o lado as obras de amor desse Deus cheio de amor. Ele concebeu-as e realizou-as para ser amado por todos os homens, Ele que, depois de os ter cumulado de benfeitorias, Se deu a Si próprio, e de tantos modos! 

Doente ou ferido, queres curar-te? Jesus é o médico: Ele cura-te com o seu sangue. Ardes em febre? Ele é a fonte refrescante. Estás atormentado pelas paixões e tribulações do mundo? Ele é a fonte das consolações espirituais e do verdadeiro alento. Tens medo da morte? Ele é a vida. Aspiras ao Céu? Ele é o caminho (cf Jo 14,6) [...]. Jesus Cristo não Se deu apenas a todos os homens em geral; quer dar-Se a cada um em particular. É por isso que São Paulo diz: «Amou-me e a Si mesmo Se entregou por mim» (Gal 2,20). E São João Crisóstomo afirma: «Deus ama cada um de nós tanto como ama toda a humanidade». O que significa, meu querido irmão, que, mesmo que não houvesse mais ninguém no mundo, o divino Redentor teria encarnado e dado o seu sangue e a sua vida só por ti.

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